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Na CPI do BNDES, Eike Batista diz que banco
não teve prejuízo com suas empresas
17/11/2015 14h03
Brasília
Da Agência Brasil*
Brasília - A CPI que investiga supostas
irregularidades na gestão do BNDES realiza
audiência para ouvir o empresário Eike
Batista, fundador do Grupo EBX (Marcello
Casal Jr/Agência Brasil)
A CPI que investiga supostas irregularidades
na gestão do BNDES ouve depoimento do
empresário Eike Batista, fundador do grupo
EBX Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Em depoimento à Comissão Parlamentar de
Inquérito (CPI) do Banco Nacional do
Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES), o empresário Eike Batista disse que
o banco público não teve prejuízos ao
financiar o grupo EBX, que era comandado
pelo empresário.
“Não sei por que repetem isso. O BNDES teve prejuízo zero”, disse.
De acordo com Eike Batista, as empresas dele não tiveram condições diferenciadas nos empréstimos
obtidos no BNDES. “Os empréstimos foram importantes e foram pagos com juros, como todo mundo paga,
tudo lastreado em garantias, até mesmo meus bens pessoais”.
O empresário relatou que o grupo obteve financiamento de R$ 10 bilhões do BNDES, que foram investidos
nas empresas MPX, LX e EMX, sem contar financiamento da empresa de participações acionárias do
BNDES (BNDESpar) à MPX.
Segundo Eike Batista, as empresas dele perderam 90% do valor de mercado após investimento sem
sucesso na exploração de petróleo.
“Eu arrisquei demais em um negócio altamente arriscado, que é a produção de petróleo. Os campos
renderam um terço do esperado, depois que a empresa captou R$ 11 bilhões no exterior”, disse na CPI.
Saiba Mais
CPI do BNDES aprova a convocação do pecuarista José Bumlai
Em agosto, durante audiência na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, o presidente do BNDES,
Luciano Coutinho, informou que os empréstimos do banco às empresas de Eike Batista somaram cerca de
R$ 6 bilhões – de um total de R$ 10,4 bilhões aprovados pela instituição. À CPI do BNDES, Coutinho disse
que o banco não teve prejuízos com os empréstimos concedidos ao empresário.
Batista enfrenta processos por crimes contra o mercado financeiro, manipulação do mercado e uso de
informação privilegiada com possível prejuízo aos investidores na venda de ações da OGX (atualmente
OGPar).
Navio-plataforma
Eike Batista negou pagamento de propina em troca da contratação de uma das empresas de seu grupo, o
OSX, para a construção de navios-plataforma para a Petrobras.
Em depoimento na Operação Lava Jato, Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, disse que
pagou R$ 2 milhões a uma nora do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a pedido do pecuarista José
Carlos Bumlai. Baiano disse que representava a OSX junto à Sete Brasil (empresa contratada pela
Petrorbas) e que a propina era referente a este negócio. Baiano é acusado de ser operador do pagamento de
propina para empresas contratadas pela Petrobras e agentes políticos.
Batista negou ter feito qualquer negócio por intermédio de Fernando Baiano e ainda ter usado a influência do
ex-presidente Lula. Ele também negou ter feito qualquer pagamento a Bumlai.
Segundo o empresário, Fernando Baiano o procurou como representante de uma empresa espanhola
interessada em construir navios. “Eu tinha US$ 40 bilhões para investir. Todo mundo me procurava”,
declarou.
“Não houve contrato algum da OSX para a construção de navios-plataforma e não faz parte da cultura do
grupo pagar esse tipo de comissão”, disse Batista.
*Com informações da Agência Câmara
Edição: Carolina Pimentel